sexta-feira, 23 de julho de 2010

O Sacrifício




Alberto chega ao lugar combinado se perguntando se o deixariam entrar, afinal, estava quase uma hora adiantado. Bate na porta e um vulto feminino aparece. Ela o deixa entrar sem nada dizer e ele sem nada entender, a segue até os fundos da casa, imaginando o motivo pelo qual alguém usaria vestes longas com capuz num dia quente como aquele.
Nunca havia estado lá antes. A casa era grande, mas parecia estar abandonada há muito tempo. A madeira antiga emitia sons estranhos conforme as pessoas andavam pelos cômodos. Sentia-se um cheiro forte de incenso misturado ao mofo que devia ter tomado conta dos móveis. Teias de aranha pendiam entre as portas e janelas, indicando que o sol também não devia ser visita constante.
Conforme caminhava para o interior do velho imóvel, Alberto observava atentamente cada detalhe, cada vão nas paredes como se tivesse um interesse particular no lugar e a medida que se aproximava do quintal, o sinal de que haviam outras mulheres no ambiente ia ficando mais claro. Não sabia ao certo, mas parecia ouvir cânticos e orações vindos do fundo do casarão.
Chegando ao quintal, notou que havia um grupo de mulheres vestidas tal qual a estranha que lhe abriu a porta: longas e pesadas vestes negras com capuzes que impossibilitavam que se visse os rostos. Cantavam e oravam numa língua desconhecida e ao centro do círculo que faziam, uma delas dançava nua, junto a uma enorme mesa.
Alberto sentiu calafrios, mas a sua curiosidade era tão grande, que permanceu calado. Queria ver onde tudo aquilo iria chegar.
A mulher que o acompanhava finalmente disse algo:
- Irmãs! Ele está aqui! O mestre chegou!
Alberto não entendia nada, mas gostou da idéia de ser chamado de mestre por um bando de malucas, ainda mais quando uma delas se encontrava completamente nua. Se sua esposa desconfiasse de onde ele estava metido, provavelmente o colocaria para fora de casa. Bom, quem iria contar? Ele com certeza não iria.
De repente as mulheres começaram a se aproximar e fecharam o círculo ao seu redor, entoando cânticos na língua desconhecida, dançando e rodopiando sem parar até que a muher nua parou e, segurando um enorme punhal, disse:
- É chegada a hora do sacrifício e nosso mestre voluntariamente se ofereceu para que possamos agradar a Deusa. Coloquem-no sobre o altar e dêem início ao ritual.
Alberto, sentindo que sacrifício não deveria ser coisa boa, ainda mais com um punhal envolvido, gritou desesperado:
- Pára tudo! Não sou mestre coisa nenhuma! Não quero ser sacrificado! Por favor, não me matem! Eu sou da dedetizadora.... Só vim fazer o orçamento que pediram! – e saiu correndo em direção à porta o mais rápido que pôde.
Uma das mulheres o seguiu e ao chegar à porta lhe perguntou:
- Então você não sabia o que estava fazendo?
- Não, me desculpe.... Vocês fiquem sossegadas que não contarei nada a ninguém.
- Não precisa se preocupar. Não é o que parece.
- A senhora não precisa me dar explicações. Outra hora eu volto para tratar do orçamento.
- Tudo bem... Mas não faríamos nada com o senhor que não fosse gostar. Na verdade, acho que foi confundido com uma outra pessoa. Fique com meu cartão caso precise de nós!
Então a mulher lhe deu um sorriso e fechou a porta.
Alberto voltou ao serviço intrigado com tudo que havia acontecido e ao chegar a seu escritório se deu conta do cartão em seu bolso, que dizia:

terça-feira, 20 de julho de 2010

Chuveiro


Algumas pessoas cantam no chuveiro, enquanto outras aproveitam para relaxar. Eu , para variar, penso, penso, penso em um monte de coisas non-sense. Às vezes acho que sofro de diarréia mental, aí, um bom banho deve ajudar a levar tudo embora.


- Ufa, Sofia dormiu. Que shampoo eu passo? Melhor esse para cabelos danificados. Será que essa linha nova da Seda funciona? Nossa, porque escolheram a Kristen Stewart para o papel da Bella? Ela não é feminina... Mas o vampirinho é feminino pelos dois. Não aguento aquele poster da Capricho nas livrarias onde eles está mordendo os lábios. Muito gay! Talvez se tivessem escolhido a Evan Rachel Woods ela teria roubado a cena, mas o tipo físico é bem parecido. O que o povo vê nessa historinha? Talvez os livros sejam bons e ao menos os adolescentes ( ou pelo menos AS adolescentes) votaram a ler. Deve ser bem escrito... Ainda assim, prefiro Harry Potter. Leria várias vezes... Vixe, devo estar regredindo: isso tudo é muito teen para mim. Vai ver por isso não estou conseguindo ler nada mais sério. Tudo parado ali no criado mudo. Nem mesmo o Terry Prachet se salvou. Nossa, a água tá muito quente.... melhor deixar assim para aliviar a dor nas costas. Puta merda, meu cabelo continua caindo. Será que vai estar frio à noite? Quanto será que vai ser o curso de escritor desta vez? Não posso esquecer de levar os cheques. Que vontade de tomar capuccino. Já tem uns dois dias isso. Faço o brownie agora ou mais tarde? Ligo para minha vó ou vou até o Horto com a Sofia? O dia está lindo. Caraca, que dor nas costas. Vou ter que passar Salompas.... droga, vai ficar um puta cheiro na minha mão. Preciso de uma massagem urgentemente. Acho que vou escrever este monte de besteiras no Blog. Não tô cnseguindo fazer nada melhor que isso mesmo. Só funciono à noite, mas à noite estou sempre cansada. Os sonhos andam bem malucos, mas malucos demais para escrever... É, vou postar no blog. Lá na frente eu vou rir do quanto minha cabeça está sempre a mil. Lá na frente eu vou me dar conta que nada disso mudou, eu acho. Queria férias... Melhor sair do banho ou vou ficar mais enrugada que uma uva passa.

Bom, não preciso nem dizer que ter saído do banho não fez com que minhas idéias diminuissem o ritmo. Elas estão lá e minha cabeça é um enorme colisor de partículas. Uma hora tudo explode, mas ao menos, teoricamente, alguma coisa nova sai da explosão.

terça-feira, 13 de julho de 2010

CAI CHUVA DO CÉU CINZENTO


Cai chuva do céu cinzento
Que não tem razão de ser.
Até o meu pensamento
Tem chuva nele a escorrer.

Tenho uma grande tristeza
Acrescentada à que sinto.
Quero dizer-ma mas pesa
O quanto comigo minto.

Porque verdadeiramente
Não sei se estou triste ou não.
E a chuva cai levemente
(Porque Verlaine consente)
Dentro do meu coração.

Fernando Pessoa

quinta-feira, 8 de julho de 2010

domingo, 4 de julho de 2010

Enjoy the silence


Don't have anything special to say... Just wanted to write and see if it makes me a little less tired...
Tired of being tired, tired of all the noise, tired of what I see when I look at the mirror.
It happens all the time and I know it's nothing, but I often get sick of myself and want to run away, but as the wise Flint Lockwood once said: " You can't run away from your feet!!!" ( well, at least I still have a little humour left, which is actually a good sign).
Anyways,I realy could use some vacations...But how? Motherhood doens't offer that. Not complaining ( or am I?) and if I am, well, who cares?
I'm ok...I'm better than when I started to write, which means I'm doing the right thing by vomiting all these meaningless words here.
By the way, I'm aware of how rusty my English is, but unfortunately, improving it is not a priority right now...Priority is to get some sleep and this is exactly what I'm about to do in a few. It's 8:30 p.m. and I can't wait to go to bed. It could be worst, I know!
By know, just want to enjoy the silence.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Mais um texto premiado - Imortal


(Texto premiado com o segundo lugar no concurso literário promovido pelo site www.alcateia.com )

O telefone toca:
- Alô!
- Oi, sou eu. Não tô conseguindo dormir.
- Não vai me dizer que é por causa do filme.
- Justamente.
- Não acredita mesmo que existam vampiros e lobisomens, acredita?
- Não sei... Fiquei pensando nas histórias que minha avó contava.
- Não seja ridícula. Nada disso existe. Vai dormir que você ganha mais.
Isabel foi se deitar imaginando a razão pela qual havia concordado em assitir um filme de terror com Hélio. Talvez quisesse impressioná-lo. Estava solteira há tanto tempo que ter companhia para ir ao cinema não era má idéia, mesmo que fosse para assistir um filme daqueles.
Conseguiu fechar os olhos e chegou a dormir um pouco até ser acordada por um estrondo vindo da janela.
- Hélio? O que está fazendo aqui? Que horas são? Porque entrou pela janela?
- Não tenho tempo para explicar. Vamos, preciso tirar você daqui agora.
- Como assim? O que está acontecendo?
- Anda Isabel! Você corre perigo.
Hélio a puxou pelo braço e sairam correndo da casa. Não falou nada até entrarem no carro e se afastarem por alguns quarteirões.
- Não vai me dizer o que está acontecendo? Deve ser muito grave para você me tirar de casa no meio da noite e ainda por cima vestindo essa camisola velha.
- É uma longa história que quero te contar com calma, mas agora precisamos correr.
- Olha aqui... Eu não estou gostando nada disso, acho que... –
- Ahhhhhhhhhhhhh...
Ouviu-se o som de uma freada acompanhada pelos gritos histéricos de Isabel. Não podia acreditar no que via. Os faróis do carro parado iluminavam uma criatura no meio da rua deserta.
- Ah meu Deus! É um lobisomem? Eu devo estar sonhando.... Isso é um pesadelo! – gritava Isabel enquanto apertava os olhos tentando ignorar o que estava à sua frente. Não era possível, pois a criatura falava:
- Me entregue Celina.
- Você não sabe o que está fazendo – disse Hélio
- Não tenho tempo para discutir, Ulric. Você sabia que esta hora chegaria e teria que tomar uma decisão. Vamos, não dificulte as coisas. Não me obrigue a te machucar.
- Ei! Não quero ser rude, mas estou bem aqui e não me chamo Celina. Senhor Lobisomem, com todo respeito, você está me confundindo. Eu sou Isabel e este aqui é o Hélio. Tenho certeza que podemos resolver esse mal-entendido de uma forma civilizada – Ainda descrente de que estava realmente falando com um lobisomem.
- Não tenho tempo para piadas. Saia do carro!
- Você sabe que eu não lhe entregarei Celina sem antes lutar!
O que se viu em seguida foi ainda mais inacreditável: Hélio se transformara num lobisomem e lutava violentamente contra a outra fera.
Isabel, sem saber o que fazer, se afastou lentamente e começou a correr. Não foi muito longe: recebeu uma forte pancada na cabeça e desmaiou.
Ao acordar, ainda atordoada pela pancada, a primeira coisa que notou foi que não vestia mais sua camisola: estava num lindo vestido de seda vermelho com bordados que lembravam as vestes de uma princesa medieval. Deitada sobre uma enorme e luxuosa cama imaginou que estaria num castelo e que precisava dar um jeito de sair dali. Tinha que descobrir o que estava acontecendo, sem saber que suas dúvidas seriam sanadas em breve. Foi até a janela do quarto onde se encontrava e se deu conta que estava em uma torre muito, muito alta. Seria impossível sair dali se não fosse pela porta. Tinha mil perguntas: Como? Por que? Onde estava?
O silêncio é rompido com alguém batendo na porta e em seguida pedindo permissão para entrar. Era um homem muito bem vestido, lindos cabelos negros e olhos num tom de azul que chegava a ser quase transparente. Sua pele alva, tal como a lua cheia que despontava na janela entregava que ele também fazia parte do esquema macabro no qual ela estaria envolvida.
- Deixe me adivinhar: você é um vampiro!
- Sempre admirei seu senso de humor, Celina... Seja bem-vinda ao lar.
- Olha aqui, não estou gostando dessa história de todo mundo ficar me chamando de Celina... É lobisomem, vampiro... Eu obviamente estou tendo um pesadelo por causa do filme que assisti. Só me diga como acordar.
- Meu irmão me explicou que estaria confusa. Acompanhe-me até a sala de jantar, por favor. Você entenderá tudo em breve.
Isabel, sentindo que não tinha escolha, seguiu o homem pelo castelo até a suntuosa sala de jantar, onde um outro cavalheiro de pele igualmente pálida a aguardava. Ao lado da mesa com vários lugares, havia uma grande jaula e dentro dela, os lobisomens que havia deixado lutando na rua.
- Vejo que já conheceu Ulric e Yago. Me chamo Félix. Acredito que não se lembre de mim. Este é meu irmão Dimitri.
- Não sei se deveria dizer muito prazer, dadas as circunstâncias. Alguém poderia me explicar de uma ver por todas o que está acontecendo?
Mal havia terminado sua pergunta quando reparou no quadro que ornava uma das paredes: uma linda mulher de longos cabelos castanhos e expressivos olhos da mesma cor usava um vestido similar ao seu. Sua pele tão clara quanto as dos homens que a encaravam e não precisou olhar muito para notar que a semelhança não estava apenas em seus vestidos, mas na aparência também. Embaixo do quadro havia um nome, Celina.
- Aceitaria alguma coisa para beber enquanto conversamos?
- Félix, certo?
- Sim.
- Não quero beber nada. Só quero que me explique o que está acontecendo, porque vocês têm um retrato meu na parede, onde estamos...
- Claro, vou explicar tudo. Mas antes, preciso providenciar que os lobos sejam levados daqui... Dimitri, poderia levá-los, por favor?
- O que vai ser deles? – Indagou Isabel.
- Não se preocupe com isso agora.
- Mas preciso falar com o Hélio...
- Tudo a seu tempo. Por favor, não iremos lhe fazer mal. Tente relaxar para que possamos lhe explicar tudo.
Isabel respirou fundo para ouvir o que lhe seria revelado.
- Há muitos séculos atrás, um grande vampiro proveniente de uma família muito nobre aqui da região...
- Desculpe interromper, onde estamos mesmo?
- Lituânia.
- Como assim? Como cheguei aqui? Ainda ontem estava no Brasil.
- Não minha cara. Você adormeceu por dias. Viemos de navio e depois pegamos uma carruagem. Não importa... Posso continuar?
- Por favor.
- Seu nome era Lúcien. Ele se tornara muito respeitado entre os demais vampiros por ter sido responsável pela maior baixa de Lobisomens da História. Nada o detinha até conhecer Lady Celina, seu grande amor. Mas Celina lhe foi tirada muito jovem, vítima da Grande Peste e ele nada pôde fazer porque se encontrava em terras distantes à caça de Lobisomens. Sua culpa foi tamanha que se confinou em seus aposentos dizendo que só sairia de lá quando você voltasse. Ele tinha certeza que voltaria.
- Está tentando me dizer que sou Celina?
- Não exatamente, mas sua essência, ou reencarnação como preferir.
- Mas o que os lobisomens têm a ver com isso? Porque Hélio me protegeu do ataque do outro lobisomen?
- Yago descobriu que você estava viva e iria matá-la. Ulric queria protegê-la porque sabia que tão logo Lúcien retornasse, a trégua contra os Lobisomens chegaria ao fim.
- Não entendo. E onde está Lúcien agora?
- No subsolo. Gostaria de encontrá-lo?
- Claro que não! Por favor... Eu só quero voltar para casa.
- Você está em casa Celina. Não se preocupe, depois de dormir mais um pouco, tenho certeza que estará descansada o suficiente para que possamos recuperar suas memórias.
- Não tenho escolha, não é mesmo?
- Creio que não, minha cara. Você não vê? Finalmente Lúcien poderá voltar. Não gostaria disso? Ele poderá finalmente lhe tornar imortal, como nós.
Isabel, alegando ter coisa demais para absorver de uma só vez, fingiu cansaço e pediu para se deitar. Na verdade, seu único pensamento era o de encontrar uma forma de sair dali.
Retornou aos aposentos onde havia acordado e se deitou, tentando imaginar alguma saída. Sabia que havia alguém guardando a porta e pela janela seria impossível. A total ausência de som no castelo era assustadora, mas fora quebrada rapidamente com gritos e barulhos do que Isabel imaginou ser uma luta. Era Hélio irrompendo em seu quarto de volta à sua forma humana.
- Vamos, temos pouco tempo até virem atrás de nós.
- Como você escapou? Tudo isso é verdade? Quem é você?
- Infelizmente, sim... Mas não temos tempo... Vamos.
- Porque deveria confiar em você agora?
- Não tenho interesse que Lúcien volte, mas também não irei matá-la. Se eu te matar, a trégua termina na mesma hora e... Levamos tempo demais para nos adaptármos e finalmente conseguimos levar uma vida normal. Finalmente conseguimos controlar a mudança de forma. Não quero colocar tudo a perder. É melhor para mim que os vampiros passem o resto da eternidade procurando Celina.
- E quanto ao outro lobisomem, o Yago?
- Ele não causará problemas por enquanto. Anda, temos que correr. Vamos pegar um cavalo e tentar despistá-los na floresta, onde há mais como eu.
Hélio e Isabel conseguiram chegar até o estábulo onde roubaram um cavalo e seguiram rumo à floresta. Cavalgaram por horas até que Isabel acabou adormecendo.
- Ei! Acorde! Celina...
Ainda atordoada com o sonho que acabara de ter, responde:
- Onde estou?
- Em casa, minha querida. Acho que teve um pesadelo.
- Ah, Lúcien! Meu amor... Não imagina como estou feliz em vê-lo. Tive um sonho terrível. Talvez tenha sido uma premonição. Acho que viajei no tempo.
Então, Celina abraçou Lúcien e lhe contou tudo sobre um tempo em que havia um lugar chamado “cinema” e que Lobisomens podiam controlar quando mudavam de forma. Um tempo e lugar onde vampiros haviam dado uma trégua aos seus inimigos porque seu mestre estaria recolhido esperando por seu grande amor. Falou de um lugar chamado Brasil, de carros, ruas e tudo mais que conseguiu lembrar.
Lúcien prestou atenção em tudo que sua amada dizia, impressionado com a riqueza de detalhes com que ela narrava sua história. Naquele dia, achou melhor não deixar o castelo. Abraçou Celina e não pensou nos lobisomens que teria que caçar. Imaginava então se haveria alguma forma de mantê-la ali para sempre, sem que para isso fosse preciso amaldiçoá-la pela eternidade.
Sentindo que não tinha escolha, atendeu a um pedido que sua amada já fazia há anos, mordendo-lhe o pescoço, sugando-lhe quase todo o sangue e em seguida insistindo para que ela fizesse o mesmo. Não acreditava no que havia feito. Não havia volta. Ao menos, quando tivesse que partir novamente, saberia que nada lhe tiraria Celina. Ficaria ali ao lado de sua amada, esperando que a transformação terminasse e refletindo sobre tudo que ela havia lhe contado.
- Imagine! – Pensou consigo mesmo – Lobisomens inteligentes o bastante para controlarem sua forma física... Trégua... Só faltaria ela me dizer que vampiros poderiam andar à luz do dia tranquilamente!