sexta-feira, 9 de abril de 2010

Café com bobagens


Cá estou eu falando com o vento e outros 3 ou 4 possíveis leitores. Me questiono constantemente sobre o porque de eu ter um blog público se não quero que o "público" leia tudo que se passa aqui.Na verdade, além de não querer, sei que também não é do interesse de ninguém a menos que por algum motivo eu vire celebridade da noite para o dia, mas como também não tenho essa intenção, acho que fica o dito pelo não dito mesmo.
O Tad Willilans menciona no conto que está no Livro dos Sonhos II( Sandaman ) que o desejo de todo escritor é ser lido, do contrário é como um grito no vácuo, ou aquela árvore que insiste em cair sem que ninguém a veja... Um despropósito. Por isso estou pensando seriamente em levar essa coisa de escrever mais a sério e fazer um outro site de trabalho e deixar este aqui para a única leitora que tem interesse em entender todo o caos que é minha cabecinha: eu mesma.
Ando me sentindo muito culpada de não estar lendo muito ultimamente... Fica difícil dar conta de tudo que quero, selecionar o que vou ler primeiro de forma que os outros autores não se sintam preteridos e ainda por cima assistir os filmes que tanto amo, séries,escrever e principalmente dar conta de um lindo bebê.
Não acreditava que a maternidade fosse capaz de tantas mudanças internas ou talvez isso tudo não tenha a ver com maternidade e sim com maturidade (espero eu).
Estou no meu momento concha, querendo me trancar aqui dentro e ver se consigo expandir meu conhecimento o máximo que puder. Tanto que estou cogitando estudar Psicologia e Filosofia quando terminar Letras.
Me sinto atrasada, retardada em relação a um monte de coisas... A depressão e a euforia me tiraram o foco do mundo por muito tempo e finalmente tenho me sentido mais centrada do que nunca. Vamos ver se dura.
Fui numa encontro filosófico ontem e a Márcia Tiburi ( meu mais novo ídolo )disse que a saída desse sistema enlatado no qual vivemos são os livros e que ela acredita nos livros de forma teológica até. Saí de lá querendo fazer parte desta religião também.
Talvez antigamente pessoas que se sentiam tão diferentes não tivessem com quem conversar, mas com o advento da tecnologia, é bem mais fácil encontrar alguém com quem você possa partilhar experiências que são de fato significativas.
Ao mesmo tempo que penso no quanto tem sido bom pra mim que eu possa vomitar (quase) tudo que eu penso aqui e perceber o quanto isso me faz bem, me bate uma depressão de pensar que eu estou fazendo o que milhões de outras pessoas também estão fazendo. Parece que todo mundo no mundo todo decidiu que ter seus 15 minutos de fama é mais importante do que nunca. Odeio esse sentimento de igual. O que é ridículo considerando que quando se tem uma doença mental justamente o que se busca é ficar o mais igual possível.
Eu nunca gostei do igual, nunca mesmo, mas não sou nem de longe a pessoa mais autêntica que conheço.Não me esforço para ser também, mas eu tinha a esperança de que um dia eu pudesse contribuir de alguma forma para que a vida de algumas pessoas fosse por algum tempo um pouco melhor. Queria fazer a diferença, justamente porque sempre me senti diferente.
Com certeza, não é desabafando num blog que isso irá acontecer e aí que mora o dilema patético: quero fazer diferença mas ao mesmo tempo não quero ser conhecida por isso. Tenho um medo danado de começar a escrever alguma coisa e alguém achar que é bom e no dia seguinte me deparar com situações com as quais eu não quero lidar. Curto muito o anonimato e quero ser lida... a solução é arranjar um pseudônimo e ficar escondidinha aqui.

( Alice está mais na moda que nunca... anda influenciando tudo que é coisa, mas eu gostei da letra desse clipe. Não curto Paramore, mas a estética do clipe é tão bonita e a letra tem bem a ver comigo - Aliás, contando os dias para ver o filme!)

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