domingo, 23 de agosto de 2009

Proud Mary


“Big wheel keep on turning,
Proud Mary keep on burning,
Rolling, rolling, rolling on the river.”

Me lembro de vê-lo dançando ,sorrindo e contando piadas infames sobre o cara que morreu de “marechal” ou de “sinusite”.Queria que esta fosse a lembrança mais forte que tenho dele,mas não é.Com o tempo já não sorria mais e fazia parecer que a vida era um fardo.Toda vez que ouço Creedance Clearwater Revival eu me transporto para os dias que ele parecia feliz e a música me contagia de tal forma que me sinto criança novamente.
Quando não ouvíamos Creedance,dançávamos Ney Matogrosso e Rita Lee para minha mãe.Inventávamos fantasias e coreografias e naqueles momentos éramos uma família feliz.
É incrível o poder que a música tem de marcar momentos de nossas vidas e nos transportar a lembranças que às vezes parecem esquecidas.
Meu amigo Fábio postou sobre música em seu blog recentemente e me fez lembrar do quanto algumas delas definem momentos importantes de nossas vidas.
Eu lembro que o primeiro disco que comprei na vida foi um do Led Zeppelin- Houses of the Holy – e eu nem era assim tão fã da banda,mas era um álbum tão lindo que ouvi até gasta-lo.
Quando ouço a “Arca de Noé” do Vinícius,eu volto para o jardim da casa que morava,para a minha bacia de alumínio gigante que virava disco voador.
Na adolescência eu jurava que nunca deixaria de ouvir rock ,punk e heavy metal,no entanto,o tempo passa e eu percebo que ouço muito mais MPB do que qualquer outra coisa...quem diria?
Agora mesmo estou ouvindo clássicos da Disney...não só porque eu sou louca pelos desenhos,mas porque acho que a maternidade tem dessas coisas.Você não quer ouvir nada muito pesado para não assustar o bebê!hehehehe
Minha coleção musical é tão eclética que não sei se alguém poderia me definir pelas músicas que ouço.
Ontem ouvimos A-ha , Ugly Kid Joe,Queen,Prince,Madonna....e hoje to aqui ouvindo Beauty and The Beast!E pensar que há uns 2 anos atrás eu fui num show do Linkin Park!rs
Pena que não há música que mude algumas pessoas.Eu fico com as lembranças felizes na tentativa de compensar uma realidade não tão empolgante.Ouvindo Proud Mary e imaginando o porque ele nunca mais foi como costumava ser: feliz.

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