sexta-feira, 28 de maio de 2010

A tal da trilha sonora



Eu estava aqui pensando em como eu sempre falo que minha vida tem trilha sonora e comento uma série de músicas e tal, quando na verdade, eu passo dias e dias sem ouvir uma única música se quer.
Já tive a época complusiva por música, mas hoje, eu fico com elas na cabeça, assim, sem cd, sem i-pod ou mp3. Imagino uma cena e já adiciono uma música porque acho que assim tudo tem um tom mais dramático. Sou muito chegada em um drama, não na minha vida, claro, na dos outros!
O mais triste, é que por causa da minha nostalgia crônica, eu só consigo pensar em música velha! Se me perguntarem o que eu gosto de ouvir que seja atual, eu não saberia responder. Acho que a coisa mais atual que consta na minha listinha, é Snow Patrol e mesmo assim, porque só conheço uma música.
Ah, tem aquela música bonitinha do Jason Mraz que eu colocava para a Sofia ouvir quando ela estava na barriga.
Anyways, sei lá porque cargas d´água estou com Pixies na cabeça... Tenho uma queda por músicas meio down, então acabei me lembrando do quanto gostava de Portishead, Smiths e outras cositas mais.... Nossa, eu escrevo um conto sobre apagar memórias e na verdade, eu sou pior que museu: adoro visitar as minhas. Fecho os olhos, penso em uma música e “lá vamos nós”. Se eu fosse fazer uma lista de músicas e ao que elas me remetem, não terminaria nunca.
Agora mesmo, com “Wave of Mutilation” na cabeça, me lembro da Vanessa, porque ela também adora Pixies, ai me lembro das circunstâncias em que nos conhemos, há 18 anos atrás e uma memória vai puxando outra, que lembra outra música,que traz outra lembrança.
Houve uma época que eu virei fã de uma banda que nunca chegou a gravar um disco eu acho ( na época não tinha cd!) e se chamava Party up. Me lembrava L-7 porque eu estava naquela época que “tocava” guitarra e queria ser uma “rock-star”, então L-7 era tudo o que eu queria ser... Mesmo ignorando o fato de que eu tocava muito mal, a Ana só sabia cantar “The Cure” e a Kátia só tocava “Exploited” na bateria ( Isso me remete ao Bruno e Thiagão cantando “sex and violence” em Piracaia! Que inferno! Eles nem tinham a banda ainda, que se chamaria “O Dueodeno era meu” com hits como “Videogame não é sapato”) . Bom, não preciso dizer que a esta altura, me lembrei da minha festa de aniversário “surpresa” na qual o “Caimbra Cerebral” tocou com direito a “Maldita Evolução” e tudo mais... Ai, ai...
Se eu ficar aqui lembrando, não termino hoje! Pior é que eu gosto disso...rio sozinha. Talvez eu não queira mesmo apagar nada. Talvez aquelas memórias que eu não curto tanto também tenham um papel a cumprir.
Enfim, a música é meio deprê, embora eu mesma não esteja. Tem cara de “dirigir-sozinha-sem-rumo”.

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