domingo, 21 de outubro de 2007

MESMAS PALAVRAS


Sempre as mesmas palavras

Mesmas rimas batidas

Me repito em vão

Tentando achar uma saída

Saída de mim

Solução para problemas

Que eu mesma não ouso saber

Tento guarda-los lá dentro

Mas já nem sei o quanto vou agüentar esconder

E não posso pegar meus problemas

Embrulha-los num papel

Joga-los ao mar esperando nunca mais vê-los

Não posso pegar um avião e

Fugir para longe esperando que não me alcancem

Sei que não adianta me fazer perguntas retóricas

Perguntas redundantes que não sei responder

Porque quando me pergunto qualquer coisa

Continuo ouvindo ecos vazios

E continuo sem saber o que fazer

Analiso,teorizo,replico

Pergunto,respondo,racionalizo

Sinto,choro e sofro

Morro de rir

E choro de novo

Ninguém parece me entender

Ninguém parece se importar

Ninguém pode saber

E ninguém pode me ajudar

E se continuar buscando respostas

Sei que posso explodir

Vou me espalhar em milhões de pedaços

E sei que pareço tão dramática

Sei que todo mundo tem problemas

E no meu caso tenho excesso de soluções

No entanto,parece que não me cabe tomar nenhuma

Porque sei que não temos garantia

De que ao fazermos algo que achamos certo

Estamos de fato estragando tudo que nos foi dado

Temos escolhas,mas não quero tê-las

Quero que a vida as tome por mim

Quero ser tomada por ela

Quero ser feliz sabendo que minha felicidade

Não causaria a infelicidade de alguém que amo

Quero fazer o que tiver vontade sem ser julgada por meus atos

Quero tanta coisa assim como todo mundo

E às vezes pareço não saber de fato

Se quero tudo que penso

E gosto de tudo que faço

E no fim,a única certeza que tenho

Não posso dividir com ninguém

Nenhum comentário: